Nos últimos anos, as séries de crimes reais (true crime) conquistaram uma legião de fãs considerável pelo mundo. Só para exemplificar, a Netflix investe pesado em suas próprias produções para, então, integrar seu catálogo original. E esta é só uma forma de demonstrar como é a influência da tecnologia nos crimes reais.
A proliferação de atrações do gênero, tanto nacionais quanto estrangeiras, ilustra que o gênero true crime é um dos mais populares nas plataformas de streaming. Esse fascínio, por um lado, revela o interesse do público em entender a mente criminosa. Por outro, são quase infinitas possibilidades que a tecnologia oferece para o consumo desse tipo de conteúdo.
Uma pesquisa recente da ExpressVPN traz percepções interessantes sobre a própria evolução da mídia que retrata casos verdadeiros, desde Jack, o Estripador vitoriano, até a cobertura do julgamento de Alex Murdaugh. Ou seja, a caminhada das ferramentas narrativas que começou nos jornais até as plataformas de streaming e redes sociais.
Por que esse fascínio pelo gênero true crime?
A princípio, as séries de crimes reais ganharam destaque no entretenimento devido à capacidade de narrar histórias verídicas com um toque de drama e suspense. No entanto, a popularidade dessas séries se atribui também a uma combinação de fatores psicológicos e sociais. Reportagem do Portal Terra explica que o gênero reúne três elementos que mantêm o público fiel:
curiosidade pelos casos extraordinários;
atenção ao caso na mídia, ou seja, a espetacularização;
busca por explicações.
Ademais, existe uma certa tendência a nutrir sentimentos instintivos que vêm desde a pré-história. Em outras palavras, aquela coisa que tenta descobrir quem fez o quê e, principalmente, por quê. Sem falar na curiosidade natural em entender o comportamento desviante, a empatia pelas vítimas e a busca por justiça. Em suma, são alguns dos motivos que explicam o interesse crescente.
Um exemplo claro são séries como “Making a Murderer”, “Mindhunter” e “The Ted Bundy Tapes” que vão além do mero entretenimento, mas chegam a educar o público sobre os processos investigativos e judiciais. Sendo assim, essas produções têm a capacidade de envolver emocionalmente os espectadores, criando um senso de proximidade com os casos apresentados.
Como a tecnologia facilita esse consumo?
De fato, a ascensão das plataformas de streaming, como Netflix, Hulu, HBO e Amazon Prime Video, revolucionou a forma como consumimos entretenimento, conforme a pesquisa da ExpressVPN. Afinal, esses serviços tornaram-se hubs de conteúdo de true crime com um repertório vasto de documentários e séries em seus catálogos. E o melhor, com a possibilidade de acesso de qualquer lugar, sobretudo se a pessoa possui ferramentas como VPN.
Porém, não são as primeiras a tratar do gênero. Pelo contrário, voltando à pesquisa da ExpressVPN, tudo começou com os jornais vitorianos, passando pelas estações de rádio até chegar às coberturas televisivas. Estas, inclusive, chegam a tratar criminosos como verdadeiras celebridades. O que dizer de Ted Bundy ou de Suzane von Richthofen?
Ainda temos os sites de notícias, como o Canal Ciências Criminais, além de blogs especializados que assumem o papel crucial de manter o público informado sobre os últimos desenvolvimentos em casos reais. Notícias e análises detalhadas permitem que os entusiastas de true crime acompanhem as investigações e os julgamentos conforme eles acontecem.
As redes sociais e fóruns também são espaços importantes para discussões sobre true crime. Grupos no Facebook, subreddits e outras comunidades online permitem que os fãs compartilhem teorias, debatam evidências e acompanhem as novidades sobre seus casos favoritos.
Mas a tecnologia não ajuda apenas no consumo
Seria leviano, entretanto, limitar o papel da tecnologia apenas ao consumo de conteúdo sobre crimes reais. Afinal, a própria prática forense se beneficia dela e desempenha um papel vital na resolução de casos. Tecnologias avançadas, como a análise de DNA e a vigilância digital, são fundamentais para solucionar crimes que antes eram considerados sem solução.
Só para exemplificar, casos como o do “Assassino do Golden State” foram resolvidos graças a avanços tecnológicos. Estes permitiram a identificação do criminoso décadas após os crimes terem sido cometidos. Hoje, as ciências forenses se beneficiam também de componentes computacionais e mesmo da Inteligência Artificial Generativa.
Em resumo, são avanços que, inegavelmente, abrem caminhos para a resolução mais rápida e precisa dos crimes mais complexos.
A importância do consumo seguro
A influência da tecnologia nos crimes reais é inegável, desde a forma como consumimos conteúdo até a resolução de casos complexos. A obsessão pelas séries de true crime reflete um interesse profundo e multifacetado por histórias verídicas de investigação e justiça.
Mas, enquanto a tecnologia facilita o acesso e o consumo desse tipo de conteúdo, é essencial proteger nossa privacidade e segurança online. Nisto, ter cautela sobre as plataformas de acesso, bem como usar ferramentas confiáveis, como VPN, que permitem a visualização de séries, sites e documentários sem limites geográficos. Entretanto, sem colocar seus dados em risco.
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