Maria Izabel Nascimento, mãe de Alisson Wagner Nascimento, que foi morto com oito tiros enquanto comemorava seu aniversário, contratou um investigador particular para localizar o suspeito de assassinar seu filho.
O crime ocorreu em junho de 2023, em um rancho no Rio Grande, entre Rifaina (SP) e Sacramento (MG). Na época, a Polícia Civil de Sacramento iniciou as investigações, mas o suspeito, Maiky França, fugiu e permaneceu foragido. Indignada com a demora nas buscas, Maria Izabel, natural de Pedregulho (SP), decidiu agir por conta própria.
O detetive particular
Com as informações fornecidas pelo investigador contratado, Maria Izabel entrou em contato com a polícia, e Maiky foi preso na quinta-feira (27), em Ilhabela (SP), onde morava. Ele agora deverá responder pelo crime de homicídio.

Segundo a mãe, Maiky levava uma vida aparentemente normal, com apoio da família, usava o WhatsApp e Instagram, e até mesmo se escondia usando documentos falsificados de seu irmão, além de vender bebidas em uma Kombi na praia.
Em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, a defesa de Maiky alegou que ele é inocente, afirmando que, no dia do crime, foi Alisson quem estava armado e teria avançado contra Maiky, acompanhado de dois amigos. A defesa sustenta que ele agiu em legítima defesa.
Porém, Maria Izabel se mostra inconformada com a versão apresentada. “Ele tirou a vida de uma pessoa inocente, trabalhadora. Um jovem cheio de vida, sem inimigos, sem motivos para ser morto. Ninguém tem o direito de tirar a vida de outro ser humano”, afirmou emocionada.
Vítima comemorava o aniversário
Alisson, de 29 anos, foi baleado após uma discussão enquanto celebrava seu aniversário em um rancho no Rio Grande. Testemunhas relataram que ele e Maiky, de 35 anos, começaram a brigar por causa de uma mulher.
Após a morte do filho, Maria Izabel disse ter se sentido desamparada e temerosa de que o caso fosse arquivado sem resolução. Foi por essa razão que decidiu contratar o detetive particular.
“Eu me senti completamente indefesa, sem apoio de ninguém, e tinha medo de que o crime do meu filho ficasse impune. A justiça às vezes falha, e ele (Maiky) é muito influente, tem pessoas que o defendem.
Como uma mãe sozinha, simples, poderia colocar ele na cadeia?
Se eu não tivesse tomado essa atitude de procurá-lo, ele ainda estaria solto”, declarou Maria Izabel, emocionada.
Fonte: ORC
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