Com base nas tecnologias usadas na espionagem ainda no século XVIIII, quando rudimentares equipamentos eram usados pelas forças de segurança, em especial pelas agências de segurança internacionais em tempos de guerra, os novos equipamentos da atualidade evoluíram, e hoje são produzidos em grande escala, sendo usados por governos e por empresas de investigação e de contraespionagem em todo o mundo.
Tanto nas guerras desencadeadas entre grandes potências quanto por empresas, a espionagem sempre foi um das grandes armas empregadas para identificar e até neutralizar ataques bélicos, como acontecia na primeira e segunda Guerra Mundial entre Estados Unidos e a antiga União Soviética.
Espionagem em guerras
A espionagem, quando empregada pelos estados em tempos de guerra, eram ferramentas imprescindíveis para mapear territórios ocupados, investigar opositores e descobrir estratégias de governos no período de guerra, fosse elas declaradas ou frias.
Nos bastidores dos poderes governamentais, a espionagem ainda é um das táticas mais empregadas do que se imagina, alguma vezes sendo chamadas de investigação estratégica na defesa dos interesses dos estados que as utiliza.
Espionagem e investigação
Enquanto que a investigação seja um termo muitas vezes reconhecido como sendo operações legais, a espionagem é o oposto da legalidade, sendo punida com muito rigor por países onde os espiões são identificados e presos, alguns até com pena de morte.
Na Primeira Guerra Mundial, por exemplo, as táticas de espionagem eram diversas, porém, muito arcaicas, se comparadas com as novas tecnologias de equipamentos usados na investigação estratégica na era moderna, com a chegada da internet e da miniaturização dos equipamentos.
Equipamentos de espionagem
Naquele período, por volta de 1940, as agências de inteligência dos países possuíam equipamentos com poucas opções de operação na busca de seus objetivos. Eram grandes, pesados e ocupavam grandes espaços para serem camuflados, principalmente quando se tratada de escuta ambiental e para transmissão via rádio, usando sinais codificados, ou por sinais via telegrafia, facilmente interceptados, já que usavam fios para transmissão.
A máquina conhecida como Enigma foi uma das maiores inimigas da humanidade até que Alan Turing inventasse uma máquina ainda melhor para decifrá-la. E sem ele era bem provável que os nazistas vencessem a guerra e o mundo como conhecemos hoje poderia não ter existido.
As previsões parecem hoje exageradas, mas em 1942 os países aliados não vinham tendo uma boa campanha e perdiam milhares de vidas para os ataques dos alemães. A máquina foi criada pelo engenheiro alemão Arthur Scherbius no fim da Primeira Guerra Mundial para uso comercial. Só em meados dos anos 1920 que governos em diversos países passaram a fazer uso militar do invento.
Decifrando a espionagem
Semelhante a uma máquina de escrever, o aparelho era portátil e pesava cerca de seis quilos. Os modelos alemães foram usados para encriptar mensagens militares que colocaram os nazistas em vantagem durante parte da guerra. Apesar de alguns matemáticos e equipes na França, Polônia e Alemanha terem tido sucesso em quebrar o código da Enigma foi preciso de um processo que conseguisse decifrar o modo como ela funcionava. A criptografia da Enigma era bastante simples, mas sua engrenagem gerava milhares de possibilidades, o que tornava a tarefa em decifrar suas mensagens quase humanamente impossível. (Fonte UOL).
Com o tempo, os equipamentos de espionagem e investigação foram se aperfeiçoando na medida da evolução da tecnologia eletrônica. Hoje, a indústria militar já operam seus equipamentos de inteligência usando sinais digitais criptografados, via satélite e aliados com outras tecnologias de investigação, como por infravermelho, por sinais de radiofrequência acima da faixa de UHF, além de sonares e outros sensores.
Tecnologia da espionagem
Quando falamos em equipamentos de espionagem, tratamos de todos os modelos usados para tal fim, seja na captação de sinais de áudio, detecção de presença, imagem ou vídeo, além de equipamentos ou softwares usados para interceptar conversas em dispositivos de aparelhos celulares, de chats, E-mail e rádio.
Os equipamentos mais sofisticados geralmente são produzidos em países como Alemanha, Israel, Reino Unido e na China, devido sua tradição na produção de equipamentos de uso militar.
No universo da espionagem e investigação, parece não haver limites, pelo menos se depender das inovações tecnológicas cada dia mais desenvolvida.
Izaías Sousa
Revista Segurança