Um moderno sistema tecnológico de reconhecimento facial é utilizado pela Polícia Federal (PF) para identificar as pessoas que atacaram o Congresso Nacional, o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
Ataque aos Três Poderes
Chamados de terroristas pela imprensa e pelo governo, os atos antidemocráticos devem tornar as investigações sobre o caso como a maior já ocorrida no Brasil no âmbito da polícia judiciária, mais precisamente dentro da Polícia Federal.
O interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, informou, nesta segunda-feira (16), que a Polícia Civil (DF) está “em perfeita sintonia” com a Polícia Federal auxiliando nas perícias às sedes do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional, entre outros procedimentos de polícia judiciária.
Identificação dos autores
Para identificar os autores dos ataques, a polícia, no primeiro momento, já coletou materiais genéticos de pessoas que foram deixados em locais que foram atacados, como impressões digitais amostras de sangue, além de fotos e vídeos.
No ato da prisão dos autores, a identificação criminal foi um dos primeiros passos para que o Ministério Público Federal ofereça a denúncia com base nas provas obtidas durante as investigações.
Reconhecimento facial inteligente
No caso das imagens, um sistema eletrônico de reconhecimento facial é usado para capturar os rostos dos invasores e fazer o cruzamento com perfis em redes sociais, com alta precisão na identificação, já que o software usado consegue coletar informações que o olho humano não consegue sem a inteligência artificial de reconhecimento.
Pigmentação da pele, cor dos olhos, cabelos, estrutura labial, nariz e outros elementos do rosto das pessoas são mapeados e comparados com imagens disponíveis nos órgãos do governo, ou em redes sociais. Milhares de fotos são varridas por minuto dentro de uma plataforma social, tornando a identificação rápida e muito precisa, quando são comparadas com as imagens capturadas pelas câmeras de segurança, por exemplo.
Investigação em redes sociais
O mesmo sistema é utilizado para identificar imagens de pornografia infantil na rede mundial de computadores, usando os chamados algorítmicos de identificação facial. Com a identificação das pessoas, a Justiça passa a ter prova da participação delas nos atos de vandalismo contra os Três Poderes, que posteriormente serão julgadas pelos crimes praticados.
Izaías Sousa
Especialista em Segurança Pública