WASHINGTON – A Meta Platafforms, dona do Facebook, denunciou meia dúzia de empresas de vigilância privada por hackers e outros abusos, acusando-as em um documento publicado nesta quinta-feira de terem atacado coletivamente cerca de 50.000 pessoas em suas plataformas.
A luta da Meta contra empresas de espionagem ocorre em uma estrutura mais ampla de tecnologia, legisladores dos EUA e do governo contra provedores de serviços de espionagem digital, em particular a empresa israelense de spyware NSO Group, incluída em uma lista negra no início deste mês após revelações sobre como sua tecnologia estava sendo implantada contra a sociedade civil.
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A Meta já está processando a NSO nos Estados Unidos. Segundo Nathaniel Gleicher, chefe da política de segurança da Meta, a medida adotada nesta quinta-feira tinha o objetivo de sinalizar que “a indústria de vigilância sob demanda é muito maior do que uma única empresa”.
O site da Meta informou que estava suspendendo cerca de 1.500 contas, em sua maioria falsas, administradas por sete organizações no Facebook, Instagram e WhatsApp. Segundo a empresa, as entidades têm como alvo pessoas de mais de 100 países.
A Meta não deu uma explicação detalhada de como identificou as empresas de vigilância, mas opera algumas das maiores redes sociais e de comunicação do mundo e regularmente apregoa sua capacidade de encontrar e remover atores maliciosos.
Entre as empresas está a Israel’s Black Cube, que se tornou famosa por enviar seus espiões em nome do estuprador de Hollywood Harvey Weinstein. A Meta disse ainda que a empresa de inteligência está enviando pessoas com identidades falsas para conversar com seus alvos on-line e acessar seus e-mails, “provavelmente para ataques de phishing posteriores”.
Em nota, a Black Cube disse que “não se envolve em qualquer forma de phishing ou hacking de qualquer tipo” e afirmou que a empresa garante rotineiramente que “todas as atividades de nossos agentes estejam em total conformidade com as leis locais”.
Fonte: Globo