Fundada em dezembro de 1989 no governo de Fernando Henrique Cardoso, a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) é um órgão semelhante à CIA dos Estados Unidos, a agência secreta americana — e tem como objetivo resguardar e prevenir atentados contra a segurança nacional.
O quadro de servidores é composto por analistas de inteligência, agentes de campo e técnicos nas mais diversas áreas do conhecimento, equipes que trabalham em conjunto em missões internas e externas de interesse do governo brasileiro na proteção da soberania nacional por meio de prospecção e análise de dados.
O que faz um Agente da ABIN?
Um Agente de Inteligência da ABIN trabalha na coleta de dados (informações) que possam antecipar e prevenir cenários de crises e riscos, como na segurança das fronteiras, prevenção contra o tráfico internacional de drogas, tráfico de pessoas, na segurança da economia interna, na prevenção de atos terroristas, na prevenção de espionagem contra a soberania nacional, na proteção de segredos de estado e também no desenvolvimento de tecnologia de interesse do governo.
Enquanto o Agente de Inteligência da ABIN trabalha em campo, ou seja, na coleta de informações externas para abastecer o sistema interno, os Técnicos de Inteligência trabalham no processamento de tais informações, transformando os dados em informações capaz de antecipar riscos contra a segurança nacional. São centenas de servidores que atuam nas mais diversas áreas do conhecimento humano, incumbidos de prevenir ou de antecipar possíveis riscos contra a nação brasileira.
Missão do Agente da ABIN
A missão principal dos agentes e técnicos da ABIN é o de prever possíveis falhas de segurança que possam interferir na política interna e externa do governo e em seus órgão de estado.
Para tanto, a Agência Brasileira de Inteligência tem em seu corpo analistas com a competência necessária em sua área de conhecimento, dando suporte avançado aos agentes de campo, onde posteriormente são produzidos relatórios detalhados sobre possíveis falhas ou vulnerabilidades que possam ser interpretadas como risco contra a segurança nacional, relatórios que são entregues ao governo por meio do Gabinete Institucional.
Atualmente, a ABIN conta com bancos de dados robustos e totalmente interligados por meio do SISBIN (Sistema Brasileiro de Inteligência) e o SUSP (Sistema Único de Segurança Pública), bancos de dados que abastecem também os órgãos de segurança pública com informações sobre atividades criminosas e perfis genéticos de criminosos dentre outras.
Praticamente, todos os órgãos do Governo Federal têm seus dados cruzados com o sistema de inteligência da ABIN, já que os agentes e analistas precisam de acesso aos sistemas do governo para fazer levantamento de riscos, sendo eles os principais meios de informação sobre instituições públicas e privadas de caráter reservado, ou seja, por meio de tais dados, as informações são cruzadas com outros sistemas ou instituições públicas, onde os resultados finais vão apontar se há ou não riscos em determinada área investigada, e que possam atentar contra o sistema de segurança nacional.
Como se tornar um Agente da ABIN?
Para se tornar um Agente da ABIN é necessário ser aprovado em concurso público divulgado pela própria agência. Sendo aprovado, o novo Agente Secreto do Governo Brasileiro passará por curso de formação, permanecendo três anos em estágio probatório.
Investigação da Vida Pregressa
A Investigação da Vida Pregressa é uma das etapas das provas para um Agente da ABIN. Nesta etapa, a vida pessoal do candidato é vasculhada a fundo, onde os investigadores buscam elementos que comprovem que o pretendente a uma vaga tenha uma vida exemplar satisfatória na sociedade, incluindo sua vida familiar, religiosa, social e comportamental. Ou seja, nada de falatórios em redes sociais, nada de vícios, sem passagem pela polícia e sem ostentação que o possa, futuramente, o identificar como sendo um Agente da ABIN. O agente secreto do governo nunca chama a atenção para si, sob o risco de identificá-lo como tal.
Fonte: Revista Segurança
