Há uma razão para o mais famoso detetive da ficção ter sido criado na Inglaterra vitoriana. As façanhas dos investigadores da polícia mais moderna do mundo não ficavam nada a dever para as de Sherlock.
Mestre na dedução e nos disfarces, Holmes domina técnicas de luta e armas, conhece anatomia, botânica e química. Quando envolvido em um caso, quase não come e injeta-se cocaína diluída para ficar acordado. Na Inglaterra do fim do século 19, é o único que soluciona os crimes mais complicados. Isso tudo, claro, nos quatro romances e 56 contos de Arthur Conan Doyle.
Os melhores detetives da época de Sherlock Holmes
Jonathan “Jack” Whicher
Detetive da polícia de Londres desde 1837, ajudou a fundar a Scotland Yard. Solucionou dezenas de crimes, mas o assassinato do menino Saville Kent arranhou-lhe a reputação. Ele apresentou como suspeita a adolescente Constance, inocentada por falta de provas. Ela confessou anos depois, mas Whicher já estava morto.
Charles Frederick Field
Perito em se infiltrar disfarçado em cenas suspeitas, foi um dos melhores investigadores da Scotland Yard. Depois virou detetive particular: desvendou vários casos de roubo antes da polícia e um de envenenamento de três pessoas. Serviu de inspiração para o inspetor Bucket, de Charles Dickens.
Edwin Coathupe
Considerado um dos melhores detetives da história, estudou medicina e chegou a trabalhar em dois hospitais até se tornar policial. Antes de assumir cargos de chefia, passava boa parte do dia na rua, entre suas fontes de informação, investigando casos e fazendo policiamento preventivo.
Melville Macnaghten
Comissário da polícia de Londres entre 1903 e 1913, era mestre em orientar detetives e organizar informações. Em 1894, foi responsável pelo melhor relatório feito sobre Jack, o Estripador. Seu texto, só revelado ao público em 1954, ainda é a fonte mais confiável sobre o episódio.