Veja como agem os espiões nos países em guerra

O serviço de espionagem de estado é tão antigo quanto à própria civilização, porém, com a tecnologia em pleno desenvolvimento, em especial as de uso militar, que emprega recursos de acesso à internet e às redes de satélites, as guerras estão cada vez mais poderosas quando se busca a conquista de territórios, como é o caso da Rússia contra a Ucrânia.

Analisando todos os cenários de guerras desde o século XVIIII, quando a indústria armamentista teve seus primeiros passos, citando também o período da guerra fria, a figura dos agentes de inteligência ou espiões foram peças fundamentais para que as batalhas fossem bem sucedidas.

Risco para os espiões

Na verdade, os espiões são agentes de governos que agem na forma mais discreta possível, sob pena de serem presos e até executados em alguns países. Eles, na verdade, começam seus trabalhos meses ou anos antes do início de uma batalha, coletando informações sobre vários aspectos, como do material bélico disponível no país alvo, quantitativo de oficiais, soldados, economia do país e armamento bélico.

Eles também agem coletando informações sobre alvos em potenciais, como locais de fornecimento de energia, água, geradoras, fábricas, depósitos de armas, bases militares e outros pontos estratégicos e de interesse do país que fará o ataque. Todos os pontos são mapeados com precisão e enviados para o comando de estratégia militar, usando equipamentos tecnológicos de última geração, ou até os menos sofisticados se for necessário, ou se não houve tempo disponível para o emprego de uma base de alta tecnologia.

Coletando informações

A coleta de informações dos moradores, sejam eles civis ou militares também faz parte do pacote de serviço do agente de espionagem. Ele também pode obter vários tipos de informações estratégicas, subornando agentes e funcionários do governo (alvo) para obter informações específicas em locais onde ele não tem acesso.

O espião é responsável, também, por utilizar equipamentos tecnológicos para fazer escuta telefônica ou ambiental de seus alvos, como do presidente do País, de seus ministros de estado e oficiais de inteligência. As informações podem ser coletadas, ainda, por meio de fotos, vídeos e dados digitais, na chamada espionagem computacional e de rede.

Espionagem geográfica

Espionar rotas de acesso e saída territorial também faz parte do serviço de espionagem, que geralmente pode ser feita à distância, usando os poderosos satélites de georreferenciamento para conseguir uma visão panorâmica do país e suas redes de estradas, rodovias, mares e espaço aéreo.

Se não bastasse, eles podem, ainda, promover intensa jornada de coleta de informações sobre grupos organizados que agem contra ou a favor do território a ser atacado, como separatistas, tribos, redes terroristas e grupos econômicos.

Cada peça tem seu devido valor em tempos de guerra, e o primeiro alvo a ser atacado é a verdade, na chamada guerra da informação, no sentido de manipular as pessoas sobre fatos que devem ser noticiados, ou não. Por esse e outros motivos, as estações de rádios e TVs são postos alvos dos ataques, incluído o serviço de internet, o que dificulta o serviço dos militares alvos da ação na comunicação em terra, mar e ar, além da própria comunicação do governo com a população.

Izaias Sousa
Especialista em Segurança

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